Longe das metas, fundos de pensão assumem mais risco
Sem cumprir a meta atuarial no ano passado, de 12,44%, muitos fundos de pensão iniciaram 2012 propensos a trocar parte da carteira de títulos públicos por ativos de maior risco – e maior rentabilidade. A combinação de juros em queda e inflação acima do centro da meta de 4,5%, que frustrou os resultados das fundações em 2011, deve se repetir neste ano e forçá-las a deixar a comodidade proporcionada pelos papéis do governo. Nos últimos dez anos, os fundos de pensão não alcançaram a meta atuarial, de INPC mais 6%, em 2002, 2008 e 2011.
Segundo os últimos dados da Associação Brasileira de Entidades Fechadas de Previdência Complementar (ABRAPP), de junho de 2011, os recursos das fundações estavam distribuídos da seguinte forma: 60,9% em renda fixa, 30,4% em renda variável, 3,1% em imóveis, 2,6% em empréstimos para participantes, 2,6% em investimentos estruturados, 0,1% em investimentos no exterior e 0,2% em “outros”. Até junho, o setor acumulava R$ 565 bilhões em ativos.
Os investimentos da CBS, em fevereiro de 2012 estão assim constituídos:
Renda Fixa |
3.471.220 |
89,63% |
Renda Variável (ações) |
223.927 |
5,78% |
Imobiliário |
78.489 |
2,03% |
Empréstimos à Participantes |
98.985 |
2,56% |
Total |
3.872.621 |
100,00% |
O conforto da renda fixa “acabou”, decreta Eustáquio Lott, diretor superintendente da Valia, fundo de pensão dos funcionários da Vale. Lá, a meta é reduzir o percentual de títulos públicos de sua carteira de R$ 14,6 bilhões dos atuais 62% para 57%, num horizonte de cinco anos.
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